No
dia 16 de janeiro, à tarde, fomos ao Museu dos Terceiros, pois estamos a
desenvolver lá o projeto “Agricultura Familiar”.
Começámos
por ver a exposição de trabalhos de Natal realizados pelos meninos das escolas
do nosso concelho. Estavam muito bonitos!
A
seguir fomos conhecer algumas plantas aromáticas e medicinais, colhidas no
jardim do Museu. Vimos e cheirámos funcho, alecrim, lúcia-lima, erva-príncipe,
caril, alfazema cidreira e aloé vera. Aprendemos que algumas destas plantas são
usadas na culinária e outras para fazer chás, bons para a saúde.
Fizemos um jogo em que, com
os olhos vendados, tinha que se descobrir qual era a planta que tínhamos à
frente, utilizando apenas o olfato.
Antes de acabarmos a visita
tomámos um chá de erva-príncipe, bem quentinho.
Como estávamos muito curiosos
para ver a pedra das Unhas do Diabo e conhecer a lenda, a D. Vânia levou-nos lá
e contou-nos como tudo terá acontecido.
Hoje,
na escola, estivemos a recontar a Lenda
das Unhas do Diabo, que agora apresentamos:
Conta a lenda
que há muitos anos atrás vivia, em Ponte de Lima, um escrivão muito mau que
mentia e roubava os bens (casas, terrenos…) às pessoas, enganando-as. Ninguém
gostava dele.
Certo dia o
escrivão morreu, mas antes de morrer comungou e recebeu a extrema-unção.
Quando as
pessoas souberam que ele tinha morrido não tiveram pena. O cangalheiro nem se
deu ao trabalho de fazer um caixão e o coveiro recusou-se a abrir a sepultura.
Os frades
franciscanos, com pena do escrivão, sepultaram-no numa capela do convento e
quando o funeral terminou foram descansar.
Era meia-noite
e os frades ouviram alguém a bater à porta com muita força. Foram abrir e
apareceu-lhes um cavalheiro muito alto, magro, com olhos faiscantes e vestido
de negro. Disse-lhes que era familiar do escrivão e que não tinha chegado a
tempo ao funeral. Os bons frades deixaram-no entrar.
Na capela, o
homem, para espanto dos frades, pegou na pesada pedra que cobria o escrivão e
atirou-a para o meio da capela. Depois deu um murro, nas costas do morto,
fazendo-o vomitar a hóstia. Pegou nele nos braços e, atravessando uma janela,
desapareceu na noite escura.
Foi nessa
altura que os frades perceberam que aquele homem assustador era o Diabo.