sexta-feira, 2 de março de 2018

4 de março - Dia de Ponte de Lima


D. TERESA

«De Ponte a bem dizer mãe e madrinha»
                                                                                                (João Marcos)

D. Teresa nasceu em 1080 ou 1081 e era filha de D. Afonso VI, rei de Leão e Castela.
Aos treze anos casou com o Conde D. Henrique de Borgonha, que tinha 24 anos.
O Conde D. Henrique era um nobre francês que ajudou D. Afonso VI nas lutas contra os muçulmanos, que tinham ocupado grande parte da Península Ibérica.
Foi tão grande a sua bravura que o rei lhe concedeu a mão da sua filha, mais bela, em casamento e lhes deu como dote o Condado Portucalense, que se estendia do Minho até ao Vouga e que com o passar do tempo foi crescendo até ao Tejo.
D. Henrique de Borgonha e D. Teresa instalaram-se em Guimarães, num castelo que ainda hoje podemos visitar, e passaram a governar o Condado Portucalense.
Eles tiveram vários filhos, nomeadamente D. Afonso Henriques, que veio a ser o primeiro rei de Portugal.
Quando D. Teresa ficou viúva, D. Afonso Henriques tinha apenas 4 anos e D. Teresa assumiu a governação do Condado Portucalense.
Foi nesta altura que D. Teresa ficou mais ligada à terra de Ponte. Era aqui que descansava quando se deslocava à Galiza, pois também era aqui que existia a única ponte sobre o Rio Lima (a ponte romana).
Em 4 de março de 1125, D. Teresa concedeu o Foral, que transformou em Vila, o Lugar de Ponte, com o objetivo de proteger os seus habitantes e porque o Rio Lima era uma defesa natural do Condado Portucalense contra os inimigos.
D. Teresa entrou em conflito com o seu filho e foi derrotada, na Batalha de S. Mamede, em 1128.
Faleceu no dia 11 de novembro de 1130, com 50 anos e os seus restos mortais encontram-se na Sé de Braga, junto aos do seu marido.
No centro de Ponte de Lima existe uma estátua, que foi erguida em homenagem a D. Teresa, uma mulher inteligente, corajosa, bondosa, lutadora e determinada, que tornou Ponte de Lima, uma das vilas mais antigas de Portugal.

                 (Pesquisa elaborada pela turma A4B)



                                     

 HINO DE PONTE DE LIMA


NASCI À BEIRA DO RIO LIMA,
RIO SAUDOSO, TODO CRISTAL,
DAÍ A ANGÚSTIA QUE ME VITIMA,
DAÍ DERIVA TODO O MEU MAL.
.
É QUE NAS TERRAS QUE TENHO VISTO,
POR TODA A PARTE POR ONDE ANDEI,
NUNCA ACHEI NADA MAIS IMPREVISTO,
TERRA MAIS LINDA NUNCA ENCONTREI.
.
SÃO ÁGUAS CLARAS SEMPRE CANTANDO,
VERDES COLINAS, ALVOR DE AREIA,
BRANCAS ERMIDAS, FONTES CHORANDO,
NA TREMULINA DA LUA CHEIA.
                                               .     
SE É FUNDA A MÁGOA QUE ME EXASPERA,
NEGRA SAUDADE QUE ME DEVORA …
REGRESSO A TI – VOLTA A PRIMAVERA,
À NOITE ESCURA SEGUE-SE A AURORA.
.
 OH MEUS AMIGOS, QUANDO EU MORRER,
LEVAI MEU CORPO DESPEDAÇADO,
NA MINHA TERRA, JÁ SEM SOFRER,
DORMIR EU QUERO MAIS DESCANSADO.
.
BELOS DOMINGOS OS DAS ALDEIAS,
MANHÃS SERENAS, QUE ALEGRIAS,
UM DEUS AMÁVEL ATÉ AS FEIAS,
LEVA CANTANDO À ROMARIA.
.
DANÇAS ALEGRES HÁ PELAS EIRAS,
CANTIGAS TRISTES PELAS QUEBRADAS,
CAPELAS BRILHAM ENTRE ROSEIRAS,
AS FLORES SORRIEM ÀS NAMORADAS.
.
RINDO E SONHANDO, PASSAM AS HORAS,
PELOS OUTEIROS DO MEU LUGAR,
LÁBIOS RISONHOS TINTOS DE AMORAS,
BOCAS VERMELHAS SEMPRE A CANTAR …
                                                                   (António Feijó)



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Aa,,,,

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